O Dia Mundial da Saúde Mental, anualmente celebrado no dia 10 de outubro, é uma campanha instituída pela Federação Mundial de Saúde Mental em 1992 com o objetivo de sensibilizar a comunidade global sobre agendas críticas de saúde mental implementadoras de ações e de mudanças duradouras. Desde então, esta data tem se fortalecido, servindo como uma plataforma orientadora de ações governamentais, organizacionais e mesmo individuais voltadas aos cuidados com a saúde mental (https://wmhdofficial.com/about-2023/).

De acordo com a OMS, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. Ou, em outras palavras, saúde mental é sobre saúde! É sobre ser capaz de se adaptar aos diferentes contextos e momentos de vida, de sentir alegria, satisfação e prazer, e de experimentar um senso de propósito, a despeito dos obstáculos e desafios que surgem vez por outra.

O Dia Mundial da Saúde Mental deste ano traz como tema “saúde mental é um direito humano universal”. Para a OMS, isso significa que todas as pessoas têm direito ao mais alto padrão possível de saúde mental, incluindo o direito de ser protegido contra riscos em saúde mental, o direito a usufruir de todos os cuidados disponíveis e de boa qualidade, e o direito à liberdade, independência e à inclusão na comunidade (https://wfmh.global/…/2023.23-06-01_2023-world-mental…).

Sobre os transtornos mentais

Um transtorno mental é caracterizado por uma alteração clinicamente significativa na cognição (percepção, atenção, memória, linguagem, inteligência, tomada de decisão, raciocínio, dentre outros), na regulação emocional e no comportamento do indivíduo, com impactos significativos em diversas áreas de funcionamento, tais quais a laboral, escolar/acadêmica, social e afetiva (https://www.who.int/…/fact-sheets/detail/mental-disorders).

Dados oficiais da OMS apontam que, em 2019, uma em cada oito pessoal conviviam com algum tipo de transtorno mental no mundo (algo em torno de 970 milhões de pessoas). No ano seguinte, com o início da pandemia do Covid-19, foi registrado um aumento de 26% nos transtornos ansiosos e de 28% nos transtornos depressivos maiores, números que evidenciam os impactos das questões contextuais na saúde mental das pessoas.

Há muitos tipos de transtornos mentais. Na realidade, o termo não se refere a uma doença, mas a uma classe de doenças que inclui a ansiedade e a depressão, que são as formas mais comuns desses tipos de transtornos. Além desses, há também o transtorno bipolar, a esquizofrenia, os transtornos alimentares, os transtornos do neurodesenvolvimento, os transtornos decorrentes do abuso de substâncias, dentre outros. Para todos eles há boas opções de tratamento, com possibilidade de uso de medicamentos a depender da idade do paciente e da natureza dos sintomas, além da psicoterapia, capaz de ajudar o paciente na adesão ao tratamento medicamentoso, e de ensiná-lo a lidar melhor com as dificuldades rotineiras como forma de evitar novas crises.

Apesar de muitos avanços em relação ao tema, infelizmente, muitas pessoas com transtornos mentais ainda são vítimas do estigma, da discriminação e da violação de direitos humanos. É preciso mudar essa realidade!